“Eu não conseguia parar de lembrar, aquele olhar penetrante, preso em minha memória, ia e voltava sempre em meus pensamentos. Era uma página marcada, como uma cicatriz nunca curada que eu não podia me livrar. Com o passar dos meses foi ficando mais distante, mas não poderia dizer que foi esquecida, e quando eu menos esperava ela surgia pra me atormentar, pra aquecer as lembraças e não deixa-la devastar . Jamais consegui descever se isso era bom ou ruim, uma mistura de dor e medo, amor e saudade, como uma relíquia que eu já não usava mais e ainda assim preservava em uma caixinha secreta, um bem precioso ou um meio mais claro de não deixar a recordação se acabar. 

...E confesso que não pensava em me livrar”

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