Feito lápis e papel

Vamos imaginar, vamos criar, vamos brincar Vamos gastar só um momento reaprendendo a sonhar Vamos ficar sem os problemas, por um momento, quem sabe dois Vamos recriar o verdadeiro sentido de se libertar Vamos soltar o sentimento, abandonar a repressão Vamos ficar só de mãos dadas, vamos usar a emoção Vamos sorrir e ver as lágrimas descendo soltas sem razão Vamos correr, fechas os olhos, deixar fluir sem direção Vamos saber que na verdade somos feitos de coração

A magia de um olhar tem o poder Que cem palavras não correspondem

Sonhos vagos, recheados com lembranças nunca realizadas. Refletindo um momento anteriormente imaginado, sem vestígios da verdade. São só sonhos, que atormentam. São só sonhos, que se empenham... Em mostrar algo escondido... E permacem... Como se esquecidos.

O que mais incomoda é estar tão perto de saber E mesmo assim não conseguir entender.

São só desejos... e nada mais São só momentos... e nada mais São só vontades... e nada mais São só maldades... e nada mais São pensamentos... e nada mais São restrições... e nada mais São desapegos... e nada mais Destruições... e nada mais São passageiros... e nada mais São só humanos... e nada mais.

Um vazio briga buscando a essência, a vivência, até quem sabe, uma saudade. Qualquer desejo, em qualquer molde. Algo real a se apegar, mesmo que seja passageiro. Qualquer motivo pra estar ali, qualquer razão para sorrir. Qualquer encanto que lhe conceba, sutis lembranças ou o desespero, Algo que faça-o sentir. Um aconchego, um doce beijo, Quem sabe até um simples chamego. Algo qualquer, mesmo pequeno. Algo mortal e verdadeiro.

A constante tentativa nem sempre muda o resultado Mas uma pequena interferência pode gerar o inesperado

E só o tempo sabe o que poderia ser Quando você não sabe nem o que escrever Palavras que se prendem ao que está guardado Momentos que se escondem a um pensamento amargo